Sigmund Freud

domingo, 3 de abril de 2011

Objeto Transicional

 

 

Objeto Transicional nas criancas e bebes segundo Winnicott.

Winnicott elabora uma teoria sobre o processo de maturação do ser humano baseado na observação e estudo do desenvolvimento dos bebês. A constituição da identidade do sujeito tem início nas primeiras semanas de vida, quando o bebê experimenta uma ilusão de onipotência por ter ao seu alcance tudo o que precisa: o seio, o calor da mãe e todos os cuidados.
Aos poucos, o bebê vai percebendo que há uma diferença entre a sua ilusão e a realidade. A primeira desilusão acontece quando ele percebe que o seio da mãe não faz parte dele e nem depende de sua vontade para existir. Manifesta-se, então, uma tentativa de manter-se iludido através da criação de um objeto simbólico da figura materna, chamado objeto transicional. A relação entre o bebê e o “objeto transicional” é denominada “fenômeno transicional” e acontece num espaço que tem o mesmo nome. A primeira criação de um sujeito é seu primeiro “objeto transicional”.
Na vida adulta, a “transicionalidade” é vivida em vários âmbitos: cultura, arte, ciência, religião, dentre outros. Os conceitos de “transicionalidade” e “criatividade” estão intrinsecamente relacionados. Desta maneira, o desenvolvimento dos bebês tem muito a revelar sobre a criatividade adulta na medida em que nossas experiências culturais, em geral, são produtos do desenvolvimento da “transicionalidade”.
Nenhum talento especial é requerido como condição para ser criativo. Antes disso, a manifestação da criatividade fortalece o sentimento de existência. Isto em função da máxima: “Ser, antes de fazer”, ou seja, para relacionar-se com objetos, o ser humano precisa construir sua identidade e reconhecer a permanência de sua existência. Assim, “ser” e “fazer” relacionam-se de modo que a criatividade é necessária, não só para resgatar os indivíduos dos estados de desilusão, mas para afirmar a própria existência do sujeito.

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