Sigmund Freud

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Convite

LaPSuS/UNICAMP - Convida:


Café Filosófico da CPFL


Módulo: Medicalização fora de controle – vivemos uma epidemia de transtornos mentais?




“Origens da medicalização da Saúde"

Prof. Dr. Naomar de Almeida Filho
Professor Titular Instituto de Saúde Coletiva/UFBA



Dia- 22/Agosto – sexta-feira

Horário – 19h

Entrada Franca – Vagas Limitadas
Link Café Filosófico: http://www.cpflcultura.com.br/wp/evento/2208-sex-19h-cafe-filosofico-cpfl-ao-vivo-origens-da-medicalizacao-da-saude-com-naomar-almeida-filho/




Auxiliadora
Secretária do LaPSuS
UNICAMP - F.35218819

terça-feira, 5 de agosto de 2014

LaPSus Convida:

LaPSuS Convida:

Seminário 2014

A questão do sujeito na clínica psiquiátrica e na saúde mental:

introdução à antropopsiquiatria



CONFERÊNCIA INTERNACIONAL



“A TEORIA DO DESEJO DE LACAN E

A QUESTÃO DO SUJEITO EM PSICANÁLISE”



Prof. CHRISTIAN HOFFMANN

Professor Titular de Psicopatologia na Universidade de Paris 7

Psicanalista





Data: 25/08/2014 – 2ª feira

Horário: 10h30 Às 12h

Local: Faculdade de Ciências Médicas/UNICAMP – Sala - 9

Entrada Franca – Vagas Limitadas

Haverá tradução consecutiva


Auxiliadora
Secretária do LaPSuS
UNICAMP - F.35218819
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Café Filosófico!

08/08 | sex | 19h |
café filosófico cpfl ao vivo: o que é transtorno mental?, com mário eduardo costa pereira

8 de agosto de 2014

módulo: medicalização fora de controle – vivemos uma epidemia de transtornos mentais?

curadoria: mário eduardo costa pereira, psicanalista e psiquiatra. professor titular de psicopatologia clínica pelo laboratoire de psychopathologie clinique et psychanalyse da aix-marseille université, frança. livre-docente em psicopatologia do departamento de psiquiatria da fcm- unicamp, onde dirige o laboratório de psicopatologia: sujeito e singularidade (lapsus). diretor do núcleo de são paulo do corpo freudiano – escola de psicanálise.

transtorno de pânico, toc, bipolaridade, transtornos alimentares, autismo, déficit de atenção… nos últimos anos e de maneira crescente, estes e inúmeros outros termos da linguagem técnica da psiquiatria passaram a fazer parte das falas cotidianas das pessoas em geral. estranhamente, são os próprios leigos que procuram ativamente nas referências médico-cientificas disponíveis os termos para definirem seus padecimentos psíquicos. a “fossa”, “a crise existencial”, “a dor de cotovelo”, “a dor de existir”, a angústia, o sofrimento e mesmo as “paixões devastadoras” deixam de ter importância nos processos de subjetivação das dores da vida. espera-se cada vez mais da ciência a última palavra sobre os males emocionais, doravante descritos como “transtornos mentais”. estes funcionariam como entidades naturais, absolutamente autônomas em relação a historia do sujeito, a seus conflitos, à cultura, às relações de poder e às tradições simbólicas e culturais. nesse sentido, o diagnóstico tem uma incidência moral maior e, de certa forma, profundamente tranquilizadora: o sujeito e a sociedade passam a ser vitimas passivas do mal objetivo e exterior que lhes acomete, representado pelo transtorno mental. ninguém estaria implicado na posição de sujeito do próprio sofrimento.

sob essa perspectiva, a ação indesejada de condições mórbidas naturais, logo absolutamente alheias a nossa vontade, se imporia à existência e às sociedades. diante do caráter absolutamente autônomo das forças natureza representadas pelos neurônios, pelos genes e pelos neurotransmissores, questões relacionadas à historia, à cultura, à politica, à ética, à responsabilidade individual e social, aos conflitos humanos e às tomadas de posição subjetiva perderiam, do ponto de vista teórico e prático, qualquer sentido para a elucidação das “patologias psíquicas”.

mas justamente a imensa proliferação atual de “transtornos mentais” como a insônia, o alcoolismo, a drogadicção, a ansiedade, os transtornos alimentares, a falta de atenção e mesmo a depressão não deveria por si só interrogar de maneira radical tanto a sociedade atual, tanto quanto os sujeitos que dela participam?

uma consequência ainda mais perturbadora emerge dessa redução do padecimento psíquico a suas dimensões exclusivamente naturais: os diagnósticos psiquiátricos nunca funcionam como meras descrições passivas de estados mentais tidos como mórbidos. na verdade, a linguagem médica, cada vez mais rapidamente assimilada à língua do quotidiano, termina por constituir e a formatar os destinos humanos. disso decorrem questões algumas fundamentais: quais as incidências sobre as crianças e sobre os demais sujeitos sociais em geral, de uma medicalização desmesurada dos fatos da vida? que efeitos têm, por exemplo, sobre uma criança e sobre sua família os diagnósticos de “transtornos de déficit de atenção” ou de “transtorno do espectro autista”? de que dispositivos intelectuais e políticos a cultura deveria poder dispor para manter uma certa distância critica da maciça medicalização da existência verificada nas sociedades contemporâneas?

08/08 | sex | 19h

o que é transtorno mental?

com mário eduardo costa pereira, psiquiatra e psicanalista, professor da unicamp e professor titular pela aix-marseille université, frança.

a busca desenfreada por medicamentos contra transtornos mentais tem como pano de fundo a procura por uma normalidade pouco questionada. afinal, o que é ser normal hoje em dia? quem define a ordem a qual devemos nos adaptar? não seria essa busca cega pela adaptação à ordem justamente a razão, e não a solução, de tanto sofrimento? a quem interessa a normalização nos dias atuais?

módulo: medicalização fora de controle – vivemos uma epidemia de transtornos mentais?
curadoria: mário eduardo costa pereira
tema: o que é transtorno mental?
palestrante: mário eduardo costa pereira
local: instituto cpfl | cultura (rua jorge figueiredo corrêa, 1632, chácara primavera, campinas – sp);
data: 8 de agosto de 2014;
horário: 19h;
capacidade: café filosófico: 180 lugares;
classificação etária: 14 anos;
transmissão online pelo cpflcultura.com.br/aovivo;
entrada gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h. vagas limitadas;
informações: instituto cpfl (19) 3756-8000 ou em www.cpflcultura.com.br;